terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

[596] DÍVIDA PÚBLICA DO BRASIL: O MAIOR ESCÂNDALO POLÍTICO DE TODOS OS TEMPOS. RELATÓRIO ANUAL DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL. 2017


DÍVIDA PÚBLICA DO BRASIL: R$ 3,55 trilhões em 2017.


O MAIOR ESCÂNDALO POLÍTICO DE TODOS OS TEMPOS

Como a dívida pública do Brasil cresceu. E mudou seu perfil 
[03fev2018]

Ø Governo Federal encerra o ano de 2017 devendo R$ 3,5 trilhões.
Ø Desde 2014, país tem mais dificuldades para pegar dinheiro emprestado com indexadores mais favoráveis

Fonte: Jornal Nexo; Expresso 
(https://www.nexojornal.com.br/expresso/)
Autores: José Roberto Castro e Rodolfo Almeida 03 Fev 2018 (atualizado 03/Fev 20h13)
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/02/03/Como-a-d%C3%ADvida-p%C3%BAblica-do-Brasil-cresceu.-E-mudou-seu-perfil
Acesso RAS em 2018-02-06

[1] [A DPF SEGUNDO O RELATÓRIO ANUAL DA DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL]
A Dívida Pública do Governo Federal [DPF] fechou o ano de 2017 em R$ 3,55 trilhões, segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, órgão do Ministério da Fazenda responsável por seu controle. O valor é 14% maior do que no final de 2016.
Os dados, divulgados no "Relatório Anual da Dívida Pública Federal" no dia 25 de janeiro, mostram que o endividamento do governo aumentou R$ 446,3 bilhões em um ano.
O valor é a soma dos juros devidos em cima dos títulos públicos e dos novos empréstimos que o governo teve de contrair depois de fechar mais um ano com deficit primário.

[2] COMPOSIÇÃO DO AUMENTO DA DÍVIDA [2017]
Ø  Juros: R$ 328,1 bilhões
Ø  Novos empréstimos: 118,2 bilhões

Em valores nominais, sem a correção da inflação, esse foi o segundo maior crescimento da dívida na série histórica, que começa em 2004. Somente em 2015 o salto foi maior: R$ 497 bilhões a mais do que 2014 - graças também à inflação de 10,97% e à taxa de juros da época, de 14,25% ao ano.

[3] QUE JUROS O GOVERNO PAGA
Ø  Quando o governo emite títulos de dívida, ele pede dinheiro emprestado no mercado. As condições desse empréstimo dependem também do interesse dos investidores. O investidor exige um retorno de acordo com o risco que identifica no credor e no negócio.
Ø  Quanto mais organizada a economia e melhor a situação das finanças públicas, melhores são as condições que o governo consegue nessas operações.
Ø  O governo se preocupa em controlar o tamanho da dívida, mas também o prazo de vencimento e o indexador. Para o DEVEDOR, é melhor pagar uma taxa previsível. Para o CREDOR, em cenários de risco, o melhor é se garantir com remuneração variável.

[4] O PERFIL DA DÍVIDA [PÚBLICA FEDERAL – DPF]
  1. Desde 2014, o Brasil enfrenta uma grave crise nas contas públicas, com quatro deficits primários consecutivos. Isso significa que, mesmo sem contar os gastos com juros da dívida, o dinheiro dos impostos não foi suficiente para pagar as despesas públicas. Isso faz com que o governo tenha de pegar mais empréstimos.
  2. A crise aumenta não só o tamanho da dívida, mas também piora a qualidade do endividamento. Assim, o Brasil retrocedeu alguns passos nos avanços conquistados nas últimas décadas.
Ø  A MELHORA: Em 2004, um terço da dívida era indexada ao dólar. Isso significa que os investidores não confiavam na moeda brasileira, temiam sua rápida desvalorização. Isso deixava o país exposto a choques externos, já que variações no câmbio impactavam no valor da dívida. Quase metade era indexada à inflação. Os títulos com rendimento prefixado eram menos de 10% do total. Entre 2004 e 2014, o Brasil teve significativos avanços nesse quesito, conquistando confiança de investidores, que cada vez mais aceitavam emprestar dinheiro a taxas definidas previamente.
Ø  A PIORA: No início de 2014, 77% da dívida federal pagava juros baseados em uma taxa definida previamente ou pela inflação. Quase quatro anos depois, esse número é de 64%. O GRÁFICO [DPF-01] a seguir[final do texto] mostra a evolução das parcelas indexadas pelos diferentes indicadores como porcentagem do total, ao longo dos últimos 14 anos.
  1. Em termos nominais, desconsiderando o efeito da inflação, a dívida pública federal é quase quatro vezes maior do que era em 2004. Mas considerando a desvalorização do dinheiro, a diferença é bem menor. Em valores atualizados, o Brasil devia pouco mais de R$ 2,1 trilhões em 2004. Hoje são R$ 3,55 trilhões. No gráfico [DPF-02] a seguir [final do texto] é possível observar o crescimento da dívida e a evolução da participação de cada um dos indexadores no total.

[5] ONDE ESTÁ A DÍVIDA (% DO TOTAL)
[Ver GRÁFICO DPF-03 ao final do texto]
Grande vilã de crises que o país teve na década de 1980, a chamada DÍVIDA EXTERNA representa hoje uma parte pequena do total. A imensa maioria dos títulos do governo é negociada no Brasil, em reais.

[6] ENDIVIDAMENTO
[Ver GRÁFICO DPF-04 ao final do texto]
A relação entre o tamanho da dívida e tudo que o país produz é a maneira mais comum de se medir o grau de endividamento de um governo. O indicador é a dívida/PIB. Há duas maneiras de se medir essa relação: usando a dívida bruta e a dívida líquida, que está presente nos gráficos anteriores. A diferença entre as duas é que a dívida líquida já desconta os créditos que o governo tem. A grosso modo, na dívida líquida já está subtraído o dinheiro que o governo emprestou e tem a receber. Abaixo, o gráfico mostra a evolução do endividamento do setor público brasileiro, não só do governo federal. Os dados do Banco Central levam em conta também Estados, municípios e empresas estatais.



[GRÁFICO DPF-01]

[GRÁFICO DPF-01]




[GRÁFICO DPF-02]
[GRÁFICO DPF-02]




[GRÁFICO DPF-03]
[GRÁFICO DPF-03]




[GRÁFICO DPF-04]



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NOTA DO EDITOR do Blog Ronald.Arquiteto e do Facebook Ronald Almeida Silva:
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O gestor do Blog e da página RAS no Facebook nunca teve e não tem filiação partidária e nem exerce qualquer tipo de militância político-partidária ou político-ideológica.

RONALD DE ALMEIDA SILVA
[Rio de Janeiro, RJ, 02jun1947; reside em São Luís, MA, desde 1976]
Arquiteto Urbanista FAU-UFRJ 1972
Registro profissional CAU-BR A.107.150-5
Blog Ronald.Arquiteto (ronalddealmeidasilva.blogspot.com)

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